Mensagem Poética

"Sê bom. Mas ao coração prudência e cautela ajunta. Quem todo de mel se unta, os ursos o lamberão" Mário Quintana



Olá! Meu nome é Andréia. O objetivo desse blog é publicar as redações dos meus alunos, bem como ser um espaço de interação e construção do conhecimento acerca da literatura e do mundo da escrita.

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sábado, 13 de abril de 2013

Memórias Literárias: rememorando a infância




Vejam o vídeo e escutem a música:


     Segundo a Wikipédia "chama-se memórias ao gênero de literatura em que o narrador conta fatos da sua vida. É tipicamente um gênero do modo narrativo, assim como a novela e o conto, porém essa classificação é predominantemente atribuída a histórias verídicas ou baseadas em factos reais. Diferencia-se da biografia pois não se prende a contar a vida de alguém em particular, mas sim narrar as suas lembranças."
     A primeira redação dos alunos do 1º ano do Ensino Médio do CED 02 do Guará (GG) foi um texto de memórias literárias em que os alunos puderam rememorar sua infância de maneira afetiva a partir da função emotiva da linguagem. Entre lembranças alegras e tristes, a maioria das redações ficaram emocionantes. TODOS ESTÃO DE PARABÉNS. Vale a pena lermos algumas delas abaixo. E, alunos, respondam: o que vocês acharam da primeira proposta de redação?

Lembranças de um passado bom
     Minha infância foi vivida na fazenda, brincava dia e noite com os meus primos e amigos. No fim da tarde, a gente se sentava na beira do lago e assistia ao lindo adormecer do sol, contando o tempo para a grande Lua aparecer, e quando ela surgia, nos vinha uma certeza: começariam as histórias de terror.
     Depois disso, ajudávamos a minha avó a acender a grande fogueira, eu sentia aquele arrepio passando por todo o meu ser, adorava quando chegava a noite, todos se juntavam e compartilhávamos várias histórias antigas, como a da casa assombrada, que não era muito longe daqui; como a do peão assassinado que fazia todos os gados da fazenda fugir.
     Mas do que eu mais sinto falta é daquele cheiro de mata verdinha, daquela sensação quando eu montava no cavalo e daquele vento, aquela brisa que vinha em minha direção, aquela liberdade.
Infelizmente, hoje em dia, as crianças não dão tanto valor como eu dava, elas não gostam mais daquelas brincadeiras na lama, o banho no lago, a pescaria. Hoje em dia, a infância está mais voltada à tecnologia, as crianças trocam toda essa aventura por celulares, tablets, computadores e etc.
     Eu daria tudo para voltar aquele época, em que eu não tinha tanta preocupação como tenho hoje, sentir novamente todos aqueles aromas da fazenda, as sensações de liberdade e voltar rever os meus familiares.
(Ingrid Vieira de Andrade - 1ºA

Meu mundo mágico
     Infância, para mim, nunca deixará de representar os melhores momentos de minha vida. Aquela velha infância, inocente e despreocupada; com sabor de sorvele de baunilha e cheiro de grama recém-cortada.
     Todas as tardes, quando o Sol ia embora, era só piscar os meus olhos inocentes, e eu já sabia o que ia acontecer. Era a minha maior alegria; ficava com um enorme sorriso no rosto e meus olhos brilhavam naquelas luzes mágicas. A minha única tristeza, era não poder fazer aquilo todos os dias.
     Quase sempre estava na companhia de meu pai e minha irmã. Depois de alguns minutos de ansiedade intermináveis, finalmente as luzes apagavam e só conseguia ver e ouvir o que saía daquela tela, que para mim, vinha de outro mundo; um lugar totalmente mágico.
     Enquanto admirava o filme, sem tirar os olhos da tela um segundo, me perdia de tudo e de todos e viajava sozinha e sem medo para onde apenas eu podia ficar. Meu mundo mágico.
     Aqueles dias em que ia ao cinema, são a melhor parte daquela infância que ainda está perdida dentro de mim. Cada minuto que passava, era repleto de sorrisos e gargalhadas que vinham como borboletas dentro dos meus ouvidos atentos e encantados.
(Carolina Nunes Borges - 1º A)

As ondas da vida 
     Dizem que recordar é viver, eu me lembro com carinho da cidade onde passei minha infância, das escolas e da igreja que frequentei, dos meus amigos e professores.
     A cidade vais crescendo e somente lembranças e a saudade ficam. Domingo era um dos meus dias favoritos, acordava cedo agitada e empolgada, e sempre depois do culto da manhã, ia ao parquinho na praça que ficava na frente da igreja, meus dedos tocavam a areia fria que poucos anos depois fora trocada por grama sintética, os balanços e gangorras de metal foram substituídos por um grande e colorido "playgroud".
     Depois do culto da noite, eu e minhas amigas corríamos pelo terraço jogando pau-brasil nos carros. As segundas que altualmente são dias chatos e sem cor, eram maravilhosos, todos estavam com saudades e com muitas novidades do fim de semana para contar.
     Nós não tínhamos celulares e eram poucos os que podiam mexer no computador, mas tive uma infância melhor que a de muitos por aí. Cidade litorânea, tínhamos aulas de educação física na praia, o cheiro da água marinha e o barulho das ondas chocando nas pedras estão vivas em minha memória, onde permaneceram por muitos e muitos anos.
     Os fins de semana e feriados não são mais os mesmos, a cidade não é mais a mesma, mas ela sempre será a cidade da minha infância.
( Elisa Souza - 1º B)

Doce de infância
     Quando penso na minha infância, penso em saudade, saudade de como a vida parecia sempre um arco-íris infinito, que não se apagava, que não sumia, que estava sempre lá para me fazer sorrir.
     Ir para a escola era como uma brincadeira divertida: ouvir sua música favorita no recreio e comer aquele bolo de chocolate que só a mãe sabia fazer, não ter preocupações. 
     Não existia nada melhor que acordar em um sábado de manhã e ir assistir desenho animado. Passar a tarde toda brincando na rua, andando de bicicleta, e se vestindo com as roupas de sua mãe, fingindo ser adulta o suficiente para usar saltos, maquiagem, cozinhar e todas essas coisas que crianças acham divertidas.
     No final das contas, todos nós ainda temos nossa criança interior, algumas escondem, outras mostram até demais, mas o fato é: sempre vamos amar nossa infância.
( Adryelle Morais - 1º B)

A melhor infância da minha vida
     Quando eu era criança, não precisava me preocupar com nada, ou melhor, quase nada. Eu não morava em uma casa muito grande, não tinha andares. Me lembro muito bem como era o meu dia, de manhã bem cedinho eu levantava, tomava café da manhã e meus pais me levavam para a escola, aquele cheiro de livros me encantava, quando a aula acabava e eu voltava para casa, era uma alegria só, sentir o cheirinho da comida da minha mãe era uma maravilha. Depois de almoçar, eu fazia todas as tarefas, minha mãe é professora, então ela sempre me ajudou, e assim que eu terminava, ia para a rua brincar, nunca gostei muito de ficar mexendo em computador ou jogar vídeo game, e ficava brincando até escurecer.
     Os finais de semana eram os mais esperados porque nós íamos visitar a vovó, eu adorava brincar com o gato dela, e ela me ensinava (ou pelo menos tentava) a costurar roupas de bonecas. Meus avós morreram quando eu era muito pequena, então não tenho o que contar.
     Aos meus sete anos a minha irmãzinha chegou, e o que me deixou mais feliz foi quando a mamãe me deixou escolher o nome dela, Julie.
     O tempo passou e sinto saudades da minha infância, de como eu não precisava me preocupar com quase nada e de como era feliz e não tinha noção.
(Thauane Medeiros Barros - 1º C)

Casa Amarela
     Mal dormia, quando sabia que íamos à casa da minha avó, ficava imaginando que receita ela me ensinaria. Arrumava minhas roupas em uma pequena mochila, colocava no parta-malas, e pela janela, reconhecia as casas, a rua, e avistava de longe a casinha amarela. Todos às vezes que via esse mesmo caminho, meu coração disparava de alegria, não precisava nem ao menos bater palmas, ela já estava esperando na janela.
     Quando eu entrava, era sempre recebida com muitos abraços calorosos e logo sentia aquele cheiro familiar de café e bolo de fubá quentinho. Estava em casa.
     Logo depois de muitas conversas, vinha minha parte favorita, ela colocava o velho banquinho onde eu subia para alcançar a mesa, onde ela me ensinava o que era felicidade.
     E do velho forno à lenha, saía de tudo, risadas, experiências, conhecimentos que resultaram no que sou hoje.
(Ana Elisa Carnaúba Rodrigues - 1ºC)

Minha doce infância
     De vez em quando, quando passo na rua, lembro-me bem o quanto a velha infância era boa. Ainda estava no começo da tecnologia de celular, computador e vídeo game. Eles existiam, claro, mas nada me remete mais a minha infância do que as brincadeiras de rua, como por exemplo, bet, pique-esconde, passa-anel... Eram todas elas que deixavam minhas mãos e pés sujos e sempre faziam ouvir gritos de minha mãe: "-menina, vai tomar banho" ou então: " - Nathália, vai fazer a tarefa de casa".
     Outra coisa que eu gostava bastante, era quando minha mãe fazia bolo, sempre pedia a vasilha para passar o dedo na massa ainda crua e chupá-lo, era tão bom quando eu soprava os disquetes de jogos e colocava no aparelho e ia jogar "super Mário". Nossa! Como eu adorava.
     Hoje, não brinco mais, mas bate uma saudade daquele tempo, dá uma saudade das amizades da época e principalmente do bolo da minha mãe que era de chocolate, mas hoje ela não faz mais, muito pelo contrário, manda que eu mesma faça para eu mesma.
(Nathália Elisa G.  Neves - 1º D)


Tem algo melhor do que ser criança?
     Quando eu era criança, tudo era mais fácil, não tinha responsabilidades sobre as coisas nem tinha com o que me preocupar. Não tinha rotina como hoje, antes acordava e ia brincar o dia todo, mas agora tudo mudou, tenho responsabilidades, horários a cumprir, a escola, o emprego e etc.
     Antes eu não me preocupava com o que tinha para fazer naquela hora, só queria brincar com meus cachorros ou comer.
     Quando era criança, a minha maior felicidade foi quando aprendi a andar de bicicleta. Quem me ensinou? Minha irmã mais velha. Nesse dia, eu caí bastante, me ralei e fiquei toda dolorida. Mas a felicidade era tão grande que nem as dores eu senti.
     Como todas as crianças, eu aprontei, mas a pior foi quando eu empurrei minha irmã dentro da piscina, eu não sabia o que fazer, vendo-a se afogar, então fiquei ali parada esperando alguma reação dela. Ela conseguiu sair com a ajuda da minha mãe e depois eu é que precisei de ajuda, porque a surra que eu levei não foi boa.
     Ser criança é ser inocente, sem preocupações e responsabilidades, por isso todos falam:
     - Ah! Como eu queria voltar a ser criança!
(Raquel Rodrigues Barbosa Sá - 1º D)

Minha infância em 30 linhas
     Eu era tão pequenina e achava que tudo o que eu precisaria para viver, estava ali na pequena cidade de São Félix do Xingu.
     Me lembro de tudo como fosse ontem, eu acordava cedinho, super-animada para ir à escola, fazia o jardim 1. Na escola, eu tinha uma amiga com o mesmo nome que eu, um fato raríssimo, pois o meu nome é bem diferente. Ela se chamava Wélida Ribeiro e nós nos divertíamos muito; eu nunca mais encontrei alguem de nome semelhante ao meu.
     Eu me lembro que eu tinha uma botinha preta a qual eu era muito apegada, era capaz de chorar para usá-la para todo lugar que eu fosso; um lugar a qual eu amava ir, era à casa da minhas duas avós; por ser a filha única eu era muito mimada por elas. Logo quando ia chegando, já sentia aquele aroma maravilhoso de bolo de fubá, depois quando ia entrando, via aquele sorriso maravilhsoso e logo ganhava um colo. Ah! Colinho de avó, não tem coisa melhor.
     Eu morava em uma chácara, e me lembro uma das coisas que eu amava, era quando começava a chover, eu sentia aquele cheiro de terra molhada, e eu nunca entendi o porquê, mas quando sentia aquele cheiro, parecia que estava lavando a alma; era muito bom!
     Tenho comigo milhares de lembranças da minha infância, mas sei que se eu for contar todas elas, vou levar bastante temp, pois são muitas e 30 linhas não bastarão.
(Wéllyda Thaiany - 1º E)

Mudanças
     Minha infância não foi assim tão boa, mas teve seus bons momentos.
     Lembro-me de quando eu tinha os meus quatro anos, essa foi uma das melhores épocas de minha vida.
     Eu morava com minha mãe, mas como ela viajava muito, às vezes eu passava uns tempos na cada da minha tia, tive vários momentos bons lá, um deles era quando eu ia ao mercado com meu tio, e chegando lá, ele sempre comprava sucrílios e leite moça para mim, eu adorava, era viciada em doces até hoje sou, na verdade.
     Gostava muito também quando minhas primas iam para a casa da minha tia, era muito bom, lembro das nossas brincadeiras e gargalhadas, lembro-me de nossas manias, eu estava feliz naquele momento por estar ao lado delas. Hoje em dia, eu ainda gosto da companhia delas, mas é diferente de antes. Antes brincávamos muito, conversávamos. Hoje já não é bem assim, doze anos se passaram e quando nos encontramos é cada uma no seu canto, uma ouvindo música, outra navegando na internet ou falando no celular.
     Mas tem coisas que não mudam, mesmo com o passar do tempo. Quando eu era menor, chorava por qualquer motivo, e até hoje é assim.
     As coisas vão acontecendo, as frustrações, as mágoas e arrependimentos vão se acumulando e são nessas horas que eu desabafo a chorar.
(Melissa Costa - 1º E)

Lembranças da minha Infância
     Quando criança, eu acordava bem cedinho, sem mesmo me preocupar em tomar café da manhã. Corria logo para ver os desenhos animados, que na época, eu não entendia muito bem. Eram desenhos bem simples, mas que marcaram a minha infância. Fora isso, ainda tinha os meus irmãos para me divertir. Nós brincávamos bastante de cobra-cega, de queimada e jogávamos muito no supernintendo.
     As crianças de hoje em dia, nem devem saber como é assoprar um cartucho de supernintendo para jogar ou ao menos disputar uma partida de Super Mario Kart com um amigo.
     Hoje em dia, as crianças utilizam vídeo games mais modernos e cada uma com o seu. Bem diferente que antigamente, que tínhamos que dividir com os irmãos.
(Ana Terra Vale - 1º M)

     Como esquecer daquele dia de poucas nuvens, onde o sol se mostrava por inteiro... aquele homem que hoje já não olha mas nos olhos, segurando a garupa da minha bicicleta, me mostrando o princípio do equilíbrio... Olhar sempre para frente, focar e me manter.
     Hoje sei do que ele talvez nem pensou que eu saberia... Naquela casa grande de paredes frias, vi, pequena, meu coração queimar buscando através dos olhos, justiça, que ainda não a tive. A estrada para outro lugar me ensinou a independência.
     Quem imaginaria que naquela mochila de rodinhas rosas haveria muito mais que livros e brinquedos? Ainda levo para onde vou, hoje com bagagens que nunca imaginei trazer. Rótulos e hipocrisia na estante daquela mesma casa, preferi não trazer, pois aquele peso que via parecer motivo de orgulho, não caberia naquela mochilinha, mas trouxe álbuns e certificados que achei naquela mesma estante branca.
     Quantos tesouros descobri nesta estrada dentro de mim? Tudo que foi passou por aqui, tanto ficou, mas ainda sei que o melhor está por vir.
( Lívia Daniella Modesto - 1ºM)



11 comentários:

  1. adoreeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiii

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  2. Gostei, me ajudou bastante, pois pude ter uma noção da redação :D

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  3. Seria interessante compartilhar esses textos com meus alunos. São ótimos exemplos. Infelizmente o site não permite compartilhamento...Que pena!

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  4. Seria interessante compartilhar esses textos com meus alunos. São ótimos exemplos. Infelizmente o site não permite compartilhamento...Que pena!

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  5. Esses textos foram para a Olimpíada de Lingua Portuguesa?

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  6. puxa me ajusou muito obg

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